Olá Leitores. Tudo bem? Sou Andréa (Déa) Góes, advogada, membro da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da OAB, esposa, mãe de 3 filhos e bellyrina há mais de 20 anos.
Dia 8 de março está chegando e nós, BellyMamães, somos antes de tudo mulheres, portanto, será internacionalmente nosso dia.
Existem muitos debates sobre comemorar ou não comemorar o dia, com excelentes argumentos tanto por quem é favorável, quanto por quem é contra. Não vamos nos prender aos detalhes do debate, mas compreender que o 8 de março é um dia importante, não de amenidades, mas de elevar todas as mulheres ao lugar de igualdade que elas deveriam ter no mundo inteiro. (Sobre isso podemos conversar em outra oportunidade).
É um dia, antes de tudo, para nós mesmas refletirmos se somos as mulheres que realmente queríamos ser. Se vivemos de acordo com nossos mais íntimos sonhos e desejos ou se nos conformamos com papéis que nos são socialmente impostos desde que nascemos.
Você lembra a vida que você imaginava quando era criança ou adolescente? É algo, pelo menos, perto disso que você está vivendo? Se não for, o que está te impedindo de tê-la? São limites que você mesma se impõe? Você está assumindo mais papéis do que qualquer ser humano consegue suportar porque alguém te disse que as mulheres são capazes de realizar várias coisas ao mesmo tempo?
Antes de tudo esqueça essa crença. Essa coisa de Mulher Maravilha é na verdade uma grande roubada, que toma praticamente todas as horas do nosso dia e depois pensamos:
“E por mim? O que eu fiz por mim hoje?”
Mas onde entra o BellyMamãe ou a dança de uma forma geral nisso tudo?
Se você, que está grávida, ou tem um bebê em casa, está pensando ou já decidiu reservar uma ou duas horas da sua semana (com sorte bem mais que isso) para despertar ou resgatar sua essência feminina, a leveza, a delicadeza, a beleza do SER MULHER… Bem, ao tomar essa decisão, você está muito mais perto de uma vida que faça sentido PARA VOCÊ.
Você experimentará o prazer de acordar mais feliz pensando: “Hoje é dia de mexer o esqueletinho!”
Você vai musicar sua vida 24 horas por dia, todos os dias (porque você sai da aula de dança, mas a aula de dança não sai de você). Seu corpo irá se movimentar involuntariamente a cada som que tocar seu coração, pois a dança tem uma coisa especial, ela nos transforma não só em corpos, mas em almas dançantes.
E sabe o que há de melhor em ter uma alma dançante? Nosso corpo está sempre desperto. Ele nunca esquece que além de esposa, mãe, filha, trabalhadora, dona-de-casa, estudante, além e acima disso tudo, nós somos mulheres.
Mulheres livres que, a princípio, enquanto os bebês são muito pequenos e dependentes, terão a opção de compartilhar essa linda e enriquecedora experiência com seus filhos, mas que depois, quando os filhos estiverem um pouco maiores, poderão manter esse momento a dois e poderão acrescentar momentos de realizar coisas sozinhas, quando os filhos estarão sendo bem cuidados por outras pessoas, da nossa confiança.
É preciso confiar e acreditar que para nossos filhos existem pessoas que desempenham papéis muito importantes e podem fazê-los muito felizes, como pais, tios, avós, padrinhos, irmãos mais velhos e até mesmo aquela babá que é um anjo ou aquela creche que recebe nossos pequenos com um largo sorriso.
Quanto mais cedo compreendermos que nossos filhos não são nossos, menos peso terá a maternidade, pois a gente não está nesse mundo para padecer no paraíso. A gente está aqui para sorrir, dançar e ser muito feliz no paraíso. E o que é o paraíso? O paraíso é viver assumindo o roteiro, a direção e o protagonismo da nossa existência.
Paraíso é saber que, nem que seja uma hora por dia, você se dedicará a algo só seu, sem pensar em mais nada ou mais ninguém. É delegar tarefas que podem não ficar tão bem feitas como quando você mesma faz, mas lhe darão cada vez mais tempo para realizar seus sonhos. E tenho certeza que você, como toda mamãe, deseja o melhor para seu filho.
Acredite: Nada melhor para o filho do que uma mãe que é uma mulher feliz, plena e realizada.
O que desejo para você é uma expressão que a Liana sempre usa: PERMITA-SE!
Permita-se ser a mulher dos seus sonhos!
Obrigada pela leitura.
Advogada Especialista em Direitos Humanos, Cíveis e de Família.
Beijos.
There are 3 comments
Que belo texto! Confesso que nunca pensei como é pesado para as mulheres. Vivemos e convivemos com papeis e responsabilidades que parecem normais, mas não são normais. Para nós, homens, realmente é bem mais simples. Não deixamos de fazer! Simples assim! E a história de que Eu trabalho não nos impede de viver e conviver. Déa, que ótimo relato provocador.
Vocês não imaginam como fico feliz por despertar essas reflexões e debates a partir de um texto feito com muito carinho para o projeto de uma pessoa que tanto admiro e respeito, como Liana. Obrigada pelo feedback, Uelton!
Perfeita reflexão. Tenho vivido uma fase de despertar, de olhar um pouco mais pra mim. O texto me tocou profundamente. ❤️